

Estádio do Bonfim, Setúbal
Data
2010-10-23 19h15
Espectadores
2.686 ( pagantes)

Mais vale sofrer agora, para não sofrer mais tarde, quando se fizerem as contas finais da liga. O Vitória sadino bateu o homónimo minhoto, numa partida com sal e pimenta q.b. para ser discutida até final. Os setubalenses construíram o resultado antes do descanso, um descanso que não tiveram desde o 2-1 e devido à boa reacção vimaranense. Reduzido a dez unidades, os sadinos só respiraram de alívio com o apito final, que os levou a trepar seis lugares num só jogo. São sextos, bem longe da zona de descida, que fica agora a nove pontos de distância.
Campanhas de ilusão
É difícil distingui-los pelo nome próprio, também não foi fácil adivinhar quem ia à frente na tabela. O Vitória da casa começou a impor-se ao Guimarães com 20 minutos muito produtivos, que levaram a uma margem de 2-0 no marcador. Os minhotos estavam longe da equipa que bateu o Benfica e travou o Porto, um feito inédito em todo o mundo, no que toca a jogos oficiais.
Os Vitórias apresentaram-se sem surpresas. Os onzes mais que prováveis eram confirmados, mas os sadinos entravam bem melhor no jogo. O 1-0 resultou do primeiro grande lance do encontro, com uma tabela entre Hugo Leal e Miguelito, que o primeiro concluiu. Ainda pouco havia a justificar, mas eram os do Sado que se adiantavam.
Os minutos seguintes trouxeram a argumentação ao caso sadino, com Anderson do Ó a aumentar a diferença no placard. Dois golos de vantagem serviram para a equipa recuar um pouco e perguntar ao Guimarães se queria responder. Os minhotos disseram «nim».
Declararam um «sim» com a entrada de Maranhão em campo. O brasileiro mexeu com o ataque e o Vitória minhoto procurava encurtar distâncias. O problema é que disse «não» em frente à baliza e ao intervalo saía com um atraso considerável e empatado em pontos com os sadinos, que continuavam sem sofrer golos em casa, fruto também de o remate de Maranhão ter batido no poste. As campanhas de um Vitória e outro eram uma ilusão.
Intensidade, golo e polémica
Os últimos minutos do primeiro tempo davam sinais de retoma do lado minhoto. Po encontro começou com uma bola na trave de Nilson, porém. Bruno Gallo fez jus ao nome e não teve sorte nenhuma, numa bomba disparada com o pé canhoto.
Três remates de fora da área deram o mote para a reacção vimaranense. Toscano estava abaixo do que já se fizera, mas tentou; Bruno Teles também, mas o efeito foi nulo. Quando Hugo Leal saiu, no entanto, os sadinos perderam discernimento. Perderam, acima de tudo, alguém que conseguisse pautar jogo.
O jogo tornava-se intenso e o golo de Edgar colocava dúvidas quanto ao resultado. A expulsão polémica de Ricardo Silva, por pedir satisfações a Bruno Teles, atirou mais lenha para a fogueira. O jogo tornava-se de um só sentido, em direcção à baliza de Diego, que foi o derradeiro herói com uma defesa espantosa e uma reacção enérgica ao último sopro minhoto, bem na cara do guarda-redes.
Num duelo entre clubes homónimos, foi o mais velho que fez jus ao nome e levou os três pontos para casa. Num jogo que parecia definido ao intervalo, o Guimarães soube colocar incerteza e deixa o Bonfim amargado pela derrota.
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