Vitória3-1 Portimonense

Bonfim (só) para o Vitória

O Vitória Setúbal bateu o Portimonense por 3-1, depois de estar a perder, e, pela sua parte, fez tudo para garantir a subida ao 10º lugar da Liga na despedida, como o treinador Bruno Ribeiro tanto desejava. Não aconteceu, até porque a equipa não dependia de si, mas foi em festa que o Bonfim se despediu da temporada, serenados os receios em Alvalade, na ronda anterior.

Acabou por ser o fim que os adeptos do Vitória FC desejavam, com muitos golos, boas defesas e, ainda, o regozijo pela despromoção não do Portimonense mas do seu treinador Carlos Azenha, de má memória para os sadinos no arranque da época passada. Isso mesmo fizeram questão de deixar bem presente, com apupos, e até insultos, desde a chegada ao estádio até à saída dele.

Foi sem surpresa que Bruno Ribeiro repetiu o onze que bateu o Sporting, tal como não surpreendeu o regresso do esquerdino Pedro Silva à equipa algarvia, depois de cumprir dois jogos de castigo, ao contrário da ausência de Ventura.

E foi, precisamente, pelo pé esquerdo do brasileiro que o já despromovido Portimonense passou para a frente do marcador. Michel primeiro e Ricardo Silva não souberam despachar eficazmente e, já depois de Elias ter acertado num defesa, Pedro Silva recuperou a bola para rematar com poucas hipóteses para Diego. Um golo moralizador e que o Portimonense justificou sem quaisquer rodeios.

Mas, injustamente, aos 31 minutos, o Vitória chegou ao empate, ainda que daí em diante tenha merecido vencer. Jaílson, isolado na frente por Neca, simulou falta do guarda-redes Pedro Silva e conquistou uma grande penalidade, que seria convertida, precisamente, pelo médio português. Um abalo profundo nas convicções dos algarvios.

O melhor da primeira parte chegaria, contudo, em cima do intervalo, com Diego a brilhar entre os postes e a trazer qualidade a um jogo, que chegou a ser boçal. Duas grandes defesas do guarda-redes brasileiro, ambas a remates de Pires e com carimbo de golo, marcaram, porventura, o desfecho do encontro.

Depois de Diego, resolveu Pitbull

Depois de Diego chegou a vez de Pitbull, quase sempre os dois no melhor do Vitória. O reatamento iniciou lento, mas o mesmo não se pode dizer do arranque de Pitbull para a reviravolta.

O avançado brasileiro conduziu a bola do meio-campo à entrada da área, para consumar a vantagem com um remate forte e colocado, sem hipóteses para Pedro Silva, que repetiu a titularidade, 29 jornadas depois.

A entrada de Candeias no Portimonense só pecou por tardia, ele que foi o principal reforço moral da sua equipa, impedido a aceitação da derrota antes de tempo. Lito, assistido por Candeias, esteve perto de empatar, mas falhou as contas ao chapéu a Diego.

O Portimonense não aproveitou, tal como o Vitória não desperdiçaria. Novamente Pitbull, desta feita a combinar com Michel e a servir o lateral direito para o 3-1 final.

Saíram Diego e Pitbull para a merecida ovação nas bancadas, que respondeu aplaudindo de pé. No final, a festa foi do Vitória, com direito a banda e o aviso para ninguém invadir o relvado.