

Estádio cidade de Coimbra
4.005 espectadores
Marcadores : Miguel Fidalgo (38) AAC
Cláudio Pitbull (81) VFC
Académica de Coimbra e Vitória de Setúbal marcaram passo nesta sexta-feira na luta pela manutenção com um empate que, ainda assim, só será possível determinar se foi positivo depois de a Naval jogar em Vila do Conde.
Por enquanto, os primeiros aumentaram para seis os pontos à maior sobre a linha-de-água, enquanto os segundos passaram a ter cinco. Nunca ninguém desceu, no figurino de 16 equipas, com 29 e 28 pontos, mas a matemática diz que estudantes e sadinos ainda não estão a salvo.
O jogo ficou, todavia, marcado pela influência em demasia do árbitro Jorge Sousa, que acumulou vários erros graves, mostrou amarelos em barda, dois vermelhos, e conseguiu desagradar às duas equipas. Mau de mais.
A Académica começou muito bem a partida, mandona, a chegar rapidamente à baliza de Diego, que brilhou logo aos três minutos com uma defesa «impossível» a cabeceamento de Sougou. Estava dado o mote para uma primeira parte de bom nível dos da casa mas com os forasteiros também bastante afoitos na contra-ofensiva.
Fidalgo quatro meses depois
As melhores oportunidades, no entanto, esfumaram-se nos primeiros 25 minutos, altura em que começou a notar-se uma certa parcimónia de ambos os lados no momento de visar as redes, mais notada do lado dos estudantes, até porque mostraram maior volume atacante.
A saída de William, lesionado, foi um revés para Bruno Ribeiro, obrigado a «queimar» uma substituição prematuramente, mas Henrique não trouxe nada de melhor. A Briosa procurava agora chegar à baliza mas com menos intensidade e foi, por isso, de forma inesperada que Miguel Fidalgo inaugurou o marcador.
O lance conta com a complacência do árbitro assistente e, em última instância, de Jorge Sousa, pois o madeirense estava em fora-de-jogo. O Vitória não se encolheu e procurou responder, mas faltou-lhe, lá está, a tal pontaria no momento de finalizar os lances. E se os estudantes terão sido beneficiados no golo, também ficaram a queixar-se de uma grande penalidade não assinalada sobre Bischoff.
Diego dá, Zé Pedro tira e Sougou não fica atrás
O luso-francês ficou, até, nos balneários ao intervalo devido ao toque sofrido no joelho esquerdo por parte de Silva. Foi já sem ele em campo que Jorge Sousa voltou a estar em evidência ao assinalar, desta vez bem, «penalty» a favor da Académica. Podia a Briosa ter descansado? Podia. Mas Diego não deixou.
O brasileiro, com mais uma «parada» a remate da linha de 11 metros, devolveu a esperança aos sadinos que Zé Pedro, logo depois, conseguiu retirar ao ver dois amarelos consecutivos, o segundo por discutir o lance na origem do primeiro. Demasiada ingenuidade para um jogador tão experiente, o mesmo mal do qual foi acometido Sougou, minutos volvidos, por introduzir a bola na baliza com o jogo interrompido, tornando inevitável o segundo amarelo.
Laionel agitou as hostes locais, com um remate ao poste, mas, depois disso, os estudantes retraíram-se e o Vitória aproveitou. Cláudio Pitbull mostrou os dentes à antiga equipa e deixou tudo na mesma, com um golo que mantém a luta pela sobrevivência na Liga em aberto. Já agora, Henrique estava fora-de-jogo no lance. Em suma, Jorge Sousa acabou por pagar o erro no golo da Académica com outro.
Pelo meio, Hugo Morais voltou a atirar ao ferro e, na recarga, Laionel meteu por cima. Foi emoção até ao fim.
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