
bonfim é porto de abrigo dE carreira IRREGULAR
“Agora é que jogas à bola!” A frase, endereçada pelos adeptos do Marítimo a Cláudio Pitbull no final do jogo da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, depois de mais uma excelente exibição do avançado brasileiro – um golo e uma assistência no triunfo do V. Setúbal por 2-1, naquele que foi o seu regresso aos Barreiros –, reflete a multifacetada carreira do jogador no futebol português. Um percurso com mais baixos do que altos e cujo porto de abrigo tem sido o clube do Bonfim, onde Pitbull parece verdadeiramente ser feliz.
Esta é a segunda vez que o avançado brasileiro representa o V. Setúbal. E, tal como acontecera na primeira (2007/08), tem assumido papel preponderante na equipa – dos 12 jogos em que participou, só em dois não disputou a totalidade dos minutos.
Aliás, o futebolista apostou tudo nesta época para recuperar a imagem de jogador de qualidade que lhe valeu o ingresso no futebol europeu. Conhecido pela raça e pela força, características que levaram o seu antigo treinador, António Lopes, a apelidá-lo de Pitbull, o brasileiro iniciou a época 2010/11 cheio de vontade. De tal forma que, após um jogo de preparação em Sarilhos Pequenos, Manuel Fernandes disse, conforme consta no site oficial do brasileiro: “Ele queria jogar mais, eu é que não deixei.”
Chegar com honra. Pitbull chegou a Portugal rotulado de craque e o FC Porto teve de superar dura concorrência para contratá-lo, em janeiro de 2005, ao Grémio de Porto Alegre por cerca de 5 milhões de euros.
“É o tipo de jogador que precisamos. Jovem, rápido, agressivo, valente e lutador”, justificava o então técnico dos dragões, Victor Fernandez.
No entanto, as coisas não correram bem a Pitbull. A forte concorrência – Luís Fabiano, McCarthy e Postiga – e a saída prematura do treinador – substituído por José Couceiro – ajudaram ao “apagão” de Pitbull.
Sair sem glória. Com apenas 7 jogos pelo FC Porto, Pitbull iniciou um processo de empréstimos que só terminou esta temporada, quando se desvinculou dos dragões. Em 2006/07 foi cedido à Académica, chegou a meio da época, ainda prometeu de início, mas não vingou. O Marítimo recebeu-o em 2009/10. Mas o golo da vitória (3-2) apontado ao Sporting foi um oásis em nova época irregular. E este ano regressou a Setúbal, onde voltou a ser feliz. Segunda-feira, defronta o FC Porto, onde sempre sonhou triunfar, sem nunca o conseguir.
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