


Vitória FC 0
Diego, Peter Suswam, Ricardo Silva, Anderson do Ó, Miguelito, Hugo Leal (Bruno Gallo, 76), Neca, Bruno Amaro (Tengarrinha, 70), Jorge Gonçalves, Henrique (Bruno Severino, 60) e Pitbull.
Treinador: Bruno Ribeiro
SC Braga 1
Berni, Baiano, Paulo Vinícius, Nuno André Coelho, Elderson, Djamal, Hugo Viana, Mossoró (Leandro Salino, 85), Alan (Nuno Gomes, 73), Lima e Hélder Barbosa.
Treinador: Leonardo Jardim
Um golo de Hélder Barbosa, aos 82 minutos, garantiu o triunfo do Sporting de Braga sobre o Vitória Futebol Clube, num jogo em que a equipa de Leonardo Jardim só conseguiu superiorizar-se aos sadinos na etapa complementar.
O Sporting de Braga, agora assumidamente candidato ao título de campeão nacional, podia ter-se adiantado no marcador logo aos dois minutos de jogo, primeiro por Alan e depois por Lima, mas o guarda-redes Diego, e depois Miguelito, conseguiram impedir o golo dos bracarenses. O Vitória FC, que apesar da derrota em casa realizou uma boa partida, respondeu com um remate forte de Bruno Amaro, aos 10 minutos, que obrigou o guarda-redes Berni a defesa apertada.
A equipa sadina sentiu que podia surpreender o Sporting de Braga e durante alguns minutos conseguiu mesmo superiorizar-se aos bracarenses, embora sem criar grandes oportunidades de golo. A equipa bracarense acabou por chegar ao golo na sequência de um pontapé de canto, inexistente, com um remate colocado de Hélder Barbosa, que garantiu o triunfo da equipa de Leonardo Jardim.
O triunfo do Sporting de Braga por 1-0 pode parecer um castigo imerecido para equipa sadina, mas acaba por premiar o maior potencial evidenciado pelos bracarenses, não obstante a boa réplica do Vitória FC, que tudo fez para tentar vencer a partida, como afirmou o técnico Bruno Ribeiro no final da partida.
Bruno Ribeiro, manifestou-se inconformado com a ausência do ponta de lança sadino João Silva, que também não alinhou no jogo do Bonfim por estar ao serviço da Selecção de sub-21, lembrando que só no domingo soube que não poderia contar com o jogador. “Trabalhámos toda a semana com o João Silva. É o futebol que temos. Há leis que temos de cumprir”, disse.
Quanto ao jogo com o Sporting de Braga, Bruno Ribeiro reconheceu que o triunfo assenta bem à equipa bracarense e admitiu que houve uma quebra física de alguns jogadores do Vitória FC na segunda parte. “Foi uma boa primeira parte, duas boas equipas, bom futebol. Na segunda parte, o Sporting de Braga foi mais forte e conseguiu ganhar”, destacou Bruno Ribeiro, que deu os parabéns ao adversário e também aos jogadores sadinos, pelo bom desempenho que tiveram, apesar da derrota por 1-0.
Bruno Ribeiro garantiu ainda que vai tentar aproveitar a paragem do campeonato para recuperar a equipa e mostrou-se convicto de que os sadinos serão capazes de discutir o resultado no jogo da próxima jornada, com o FC Porto, no estádio do Dragão.
O Vitória de Setúbal bateu o P. Ferreira depois de estar a perder e entrou na nova época a vencer, o que não acontecia há 24 anos. No Bonfim, o Vitória dominou mas também sofreu, quando Bruno Ribeiro queria apenas dar uma alegria aos adeptos. Um erro de Anderson do Ó nos descontos da primeira parte deitou quase tudo a perder, mas os sadinos souberam reerguer-se, com Pitbull a mostrar o caminho da vitória.
Rui Vitória tinha dito na antevisão do jogo que nenhuma equipa podia nesta altura dar um concerto com a orquestra toda afinada e tinha razão, pelo menos no que ao Paços diz respeito. Fraca criatividade e lentidão q.b. Já o Vitória revelou rotinas, o que não é estranhar atendendo à manutenção de grande parte da espinha dorsal da última época.
Decidido a fazer a festa em casa, o Vitória pegou no jogo desde o primeiro minuto, o Paços não se importou (e até terá preferido), mas as sucessivas tentativas de golo esbarraram sempre no último homem, Cássio, muito seguro na baliza. Com Neca e Pitbull a fazerem correr o jogo na frente, o meio-campo e a defesa do Vitória limitaram-se a assistir a grande parte do desafio.
E tão tranquila estava a defesa quando foi surpreendida por Luisinho. Anderson do Ó pensou que tinha o lance dominado, mas não tinha. O avançado do Paços tirou-lhe a bola e bateu Diego contra a corrente do jogo, já nos descontos da primeira parte. Um balde de água fria numa tarde muito quente, mas que serviria para refrescar o ânimo dos sadinos.
Manuel José foi... guarda-redes
Na segunda parte, novamente o Vitória a ter a iniciativa e a querer mostrar aos adeptos que vai em busca de uma época tranquila. O pedido de desculpas de Anderson do Ó chegaria nos primeiros minutos, num lance mais desejado que ensaiado. Um canto de Pitbull andou a saltitar na área pacense, quando o central, vindo de trás, atirou para o empate.
No minuto seguinte, aos 54, o Paços ficaria em inferioridade numérica por expulsão do central Cohene, mas foi no período de aflição que encontrou a (melhor) sintonia.
Filipe Anunciação recuou até ao eixo, Manuel José (que também seria guarda-redes) ficou no meio-campo e, ainda assim, o Paços deu conta do recado, fechando os caminhos para a sua baliza. Mas o Vitória não se deu por vencido e, uma vez mais, com Pitbull na génese chegou ao golo. Cruzamento do brasileiro para a área e o estreante João Silva, emprestado pelo Everton, a cabecear para a alegria nas bancadas.
Seguir-se-iam mais umas decisões questionáveis de João Capela, que esteve à temperatura da tarde no Bonfim. Depois da expulsão de Cohene, de vários amarelos e um sem número de faltas assinaladas, foi a vez de Ricardo Silva deixar mais cedo o jogo, por suposta mão na bola. O livre deu origem a uma das defesas da tarde, com Diego a mostrar serviço, num dos poucos lances em que foi chamado a intervir.
Mas os cinco minutos de descontos dariam para mais. Cássio seria expulso por palavras ao assistente e Manuel José terminou o jogo na baliza. Felizmente para ele apenas por uns segundos, ainda que o Vitória tivesse merecido marcar pelo menos mais um.
4 Títulos Nacionais
3 Taças de Portugal
1 Taça da Liga
3 Vezes consecutivas vençedor do Prémio "Fair-Play Colectivo" da Liga Portuguesa de Futebol
5.º lugar com 14 jogos, 7 vitórias, 2 empates, 5 derrotas, 26 golos marcados e 24 sofridos.
O «Senhor» Vitória
Durante dez anos andaram os sadinos a espalhar o perfume da sua classe por essa Europa fora. Nem mesmo os «gigantes» resistiam ao inferno do Bonfim…
Vitória de Setúbal na Europa. Hoje poderá soar, menos bem, mas fique o leitor sabendo – se é que não sabia – que, a seguir ao FC Porto, Benfica, Sporting e ao Boavista, o Vitória é de longe, a equipa portuguesa que melhor palmarés ostenta nas competições europeias. Se compararmos o historial europeu de todos os clubes portugueses sté a 1975 (que constitui o declínio do Vitória) o Vitória era o 3º melhor "europeu", e apenas estava atrás de Benfica e Sporting, e à frente do Porto! Até 1975, os historiais de jogos europeus das duas equipas eram os seguintes: - FC Porto: 41 jogos distribuídos por 13 presenças, sem nunca conseguir passar da 2ª eliminatória... - VITÓRIA: 56 jogos distribuídos por 11 presenças, conseguindo chegar por 4 vezes aos Quartos de Final da Taça Uefa...
De 1965/66 a 1974/75, portanto, durante 10 temporadas consecutivas, andaram os sadinos a botar figura por esse velho continente fora. E que figura! Quatro presenças nos quartos de final da Taça das Feiras/UEFA (além de três nos «oitavos»), o que implica desde logo, a eliminação de três adversários, é (foi) realmente uma prestação deveras interessante… O grande Vitória… aliás, Senhor Vitória, que era como os sadinos eram conhecidos (e temidos) na Europa. O Vitória participou em 64 jogos através de 14 presenças nas competições europeias. Três na extinta Taça dos Vencedores das Taças e as restantes na Taça UEFA, que nas suas primeiras edições, recebia o nome de Taça das Cidades com Feira. Variadíssimas equipas tiveram o azar, ao longo desses dez anos «ouro», de defrontar o Vitória. E muitas delas eram e ainda são, «grandes», na verdadeira acepção do termo. Fiorentina… Liverpool… Hajduk Split… Anderlecht… Spartak Moscovo… Inter Milão… Leeds United…, todas elas constam (a Fiorentina duas vezes) do rol das «vítimas» dos sadinos, todas elas inapelavelmente batidas no Estádio do Bonfim, na altura, como se calcula, um verdadeiro «inferno». Notável, de facto, o palmarés europeu do Vitória apesar das raras presenças desde 1975. Tinha classe, tinha mesmo jeitinho para lidar com os forasteiros, o Senhor Vitória. Que regresse depressa é o nosso único desejo…
Palmarés europeu do Vitória
Taça Uefa / Taça das Cidades com Feira
Taça dos Vencedores das Taças / Taça das Taças